Declaração de amor

Hoje, completo 39 primaveras, acho que lá pelas dez da noite. Baixou em mim aquela depressão "mulherzinha" (machista, fascista, não passará!), quase 40, entrando no clube dos "enta", agora é ladeira abaixo, aquelas coisas. Totalmente grisalho, a audição meio falha, a vista ainda resiste. Então, saímos eu, minha senhora e nosso rebento para um lauto café da manhã, regado a todinho e pão de queijo. No meio do caminho, eis que o pirralho estaca e ordena:
- Podem parar, podem parar, podem parar.
Vira-se em nossa direção, enfia-se entre nós dois e, abraçando-nos tão docemente quanto é possível, manda o petardo:
- Amo vocês.

Debulhei-me em lágrimas (internas). Queria fazer aniversário todo dia...

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