O Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, declarou ontem que “Israel terá que escolher entre ser um Estado judeu ou um Estado democrático - não pode ser ambos ao mesmo tempo – sob pena de jamais encontrar a paz”. Tem que ter colhões para dizer isso, afinal, quem se atreve a questionar Israel é logo taxado de antissemita, self-hating jew, desequilibrado etc.
Bom, como judeu e democrata, concordo com John Kerry e sigo adiante:
Não podemos aceitar MEIAS IGUALDADES, MEIAS CIDADANIAS, MEIAS QUALQUER COISA. “Ah, os árabes-israelenses podem não ter a vida que pediram a Alá, mas vivem melhor aqui do que em qualquer país árabe ou muçulmano”. E lambam os beiços. É nisso em que acreditamos?
A cidadania não pode ser estratificada. É TUDO OU NADA. A Lei do Retorno que vale para uns deve valer para os outros. Por que eu, brasileiro, sem qualquer laço afetivo, tenho o direito de emigrar para Israel num estalar de dedos, enquanto um parente de um cidadão israelense não-judeu deve passar por outros procedimentos para conseguir o mesmo direito? Direitos iguais?
Caímos na velha questão da natureza do Estado. Estado para quem?
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