Faz quase um ano. No seu sétimo aniversário, Miguel lançou os
dados do destino em busca de uma namorada. O alvo era sua paixonite da escola e
o pedido, aceito e feito diretamente, sem intermediários, na lata, colocou
nosso rebento nos labirintos do coração. Tudo bem que o namoro segue
virtualmente, nem um mísero cineminha com pipoca rolou. Eis que o Don Juan
ataca novamente e, seguindo os preceitos do “crescei e multiplicai-vos” e na
esteira da nossa indiscutível tradição poligênica (tá na bíblia, tá na bíblia!),
resolve aumentar seu harém. Infelizmente para ele, mudou a tática e, vai saber
por que cargas d’água, perguntou ao pai da bela moça, a quem já havia lhe
tascado um belo “selinho” com a devida reciprocidade, se avalizava o tão
almejado relacionamento afetivo. Ouviu como resposta um sonoro “não”. Tadinho.
O guri ainda não conhece as benesses do empoderamento feminino, quando
descobri-lo aí mesmo que ninguém segura...
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