O skate, ou
esqueitismo, é um esporte que consiste em deslizar sobre o solo e
obstáculos equilibrando-se numa prancha, chamada também esqueite ou skate,
dotada de quatro pequenas rodas e dois eixos chamados trucks. Com a
prancha de esqueite, executam-se manobras com distintos graus de dificuldade. O
esqueitismo é considerado um esporte
radical, dado seu aspecto criativo, e cuja habilidade do praticante
é medida pelo grau de dificuldade dos movimentos executados. Tudo leva a crer
que o esporte foi inventado na Califórnia.
No início da década de 1960, os surfistas californianos queriam fazer das pranchas um
divertimento também nas ruas, em uma época de marés baixas e secas na região.
Inicialmente, a nova "maneira de surfar" foi chamada de sidewalk
surf. Em 1965, surgiram os primeiros campeonatos, mas o skate só
ficou mais reconhecido uma década depois. A partir de 2020, no
Japão, será um esporte olímpico.
Outro dia, Miguel passou nada menos do que três horas
na pista de skate do Aterro do Flamengo. Paramentado com joelheiras,
cotoveleiras, munhequeiras e capacete, já um veterano mirim, estava
excitadíssimo para colocar em prática a manobra chamada “dropagem”, que nada
mais é do que iniciar a descida de uma rampa, sendo mais fácil escrever “nada
mais do é” do que executar a manobra propriamente dita.
Inicialmente, ajudei-o a descer a rampa com as duas
mãos, foram algumas tentativas bem sucedidas. De repente, um marmanjo grita:
- Com uma mão
mão agora, pai.
E eu respondo:
- Mas cadê a coragem de soltar?
Então começamos a treinar a descida com o auxílio de
apenas uma mão, o moleque já se sentia mais seguro para descer sozinho. Mais
algumas tentativas e veio o pedido para que eu saísse da pista porque, agora,
era com ele. Hesitei um pouco, mas consenti. E que Bob Burnquist o abençoasse.
E Bob Burnquist o abençoou. Miguel “dropou” sozinho,
não caiu, pegou o gosto da coisa, e o coração do pai não saiu pela boca. Como
num gol, o marmanjo gritou “isso aí!”. E o menino do Rio, carioquíssimo,
vangloria-se arrogantemente:
- Caraca, mano, peguei a manha de “dropar”!
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